
Machine Learning: o que é, para que serve e como funciona 2025
Machine learning é uma subárea da inteligência artificial que permite que sistemas aprendam com dados e tomem decisões a partir de dados sem precisar de instruções detalhadas.
Dados estão por aí, mas como transformá-los em decisões mais inteligentes?
Machine learning pode ser a resposta. O machine learning é uma das tecnologias mais importantes da era dos dados e sua aplicação vai desde assistentes virtuais e sistemas de recomendação até mecanismos antifraude e gestão logística. Empresas de diferentes setores vêm adotando essa abordagem para automatizar processos, personalizar serviços e ganhar eficiência operacional.
Neste artigo, você verá:
E as tendências que estão moldando o futuro do aprendizado de máquina.
Machine learning, ou aprendizado de máquina, é um campo da computação que desenvolve algoritmos capazes de aprender com dados e melhorar seu desempenho com o tempo e sem que seja necessário programá-los diretamente para cada tarefa.
Na prática, isso significa que, ao invés de seguir instruções rígidas, os sistemas usam dados passados para identificar padrões, prever resultados e tomar decisões.
Esse conceito é um dos pilares da inteligência artificial (IA). Se a IA representa a capacidade das máquinas de imitar comportamentos inteligentes dos humanos, o machine learning é como se fosse o mecanismo que dá suporte ao aprendizado contínuo por meio da análise de dados.
Para que uma solução de machine learning funcione, ela precisa passar por etapas bem definidas:
O processo começa com a coleta de dados relevantes. Esses dados podem vir de sistemas internos, planilhas, bancos de dados, entre outros. Esses dados precisam ser organizados, limpos e estruturados para garantir que o modelo consiga aprender de maneira eficaz.
Depois de preparados, os dados alimentam algoritmos que testam diferentes combinações de parâmetros até encontrar padrões consistentes. Isso é o que chamamos de fase de treinamento. Então, o modelo aprende por meio da exposição a exemplos e busca minimizar o erro em suas previsões.
Para verificar se o modelo realmente aprendeu, ele é testado com um conjunto novo de dados que não foram usados no treinamento do modelo. Isso mostra a capacidade de generalização que ele tem.
Modelos que apresentam bom desempenho passam a atuar em processos reais, como recomendações de produtos, classificações de documentos ou previsão de demanda. O desempenho é monitorado constantemente para ajustes futuros.
O machine learning é dividido em quatro abordagens principais, sendo elas o aprendizado supervisionado, o aprendizado não supervisionado, o aprendizado semi-supervisionado e o aprendizado por reforço. Cada uma resolve problemas diferentes e exige diferentes tipos de dados.
Nesse tipo de abordagem, o modelo é treinado com dados rotulados (ou seja, já se sabe o resultado esperado).
Um exemplo disso pode ser um modelo que aprende a identificar se um e-mail é spam. Ele é treinado com milhares de mensagens que já foram classificadas manualmente como “spam” ou “não spam”. A partir disso, o modelo aprende as características associadas a cada tipo e passa a fazer essa classificação sozinho.
Essa técnica é muito usada em:
Diferente do anterior, aqui os dados não têm rótulo. Ou seja, o modelo não sabe quais são os “caminhos certos”, por assim dizer. Ele apenas observa os dados e tenta encontrar padrões por conta própria.
O objetivo é descobrir padrões ocultos ou agrupar itens semelhantes.
Um bom exemplo é a segmentação de clientes. Imagine uma base com milhares de consumidores, sem informações explícitas sobre seus perfis. Um modelo de aprendizado não supervisionado pode agrupar esses clientes com base em comportamentos, como frequência de compra, ticket médio, canais preferidos etc. Isso permite criar ações personalizadas para cada grupo.
Técnicas comuns: clusterização (como o K-means) e redução de dimensionalidade.
Essa técnica é muito usada em:
Essa abordagem combina o melhor dos dois mundos: usa dados rotulados e não rotulados. O modelo começa aprendendo com um pequeno conjunto de dados que já tem rótulos (como no aprendizado supervisionado), e depois usa os dados não rotulados para aumentar seu conhecimento, ajustando previsões com base em padrões percebidos.
É uma técnica especialmente útil quando rotular todos os dados é caro ou inviável — o que é comum em cenários com grandes volumes de informação e poucos especialistas disponíveis.
Por exemplo, em diagnósticos médicos, apenas parte dos exames pode ter laudos revisados por especialistas. Um modelo semi-supervisionado pode aprender com esses casos rotulados e aplicar esse conhecimento em milhares de exames ainda não classificados, melhorando a triagem de forma escalável.
Essa técnica é muito usada em:
Nesse caso, o algoritmo aprende por tentativa e erro. Ele interage com um ambiente e vai recebendo recompensas ou penalidades, ajustando suas ações para maximizar os ganhos ao longo do tempo. É uma técnica poderosa, mas requer mais tempo e poder computacional para treinar o modelo.
Essa abordagem é comum em:
Serve para prever um número — como quanto você vai vender no próximo mês — com base em informações que você já tem, como preço, promoções e o que foi vendido antes. O modelo traça uma linha que tenta seguir o padrão desses dados e mostrar a tendência.
Exemplo de uso:
Previsão de vendas mensais com base em dados históricos, preço, promoções e sazonalidade.
Apesar do nome, ela é usada para classificação binária (ex: sim/não, 0/1, spam/não spam). O modelo analisa os dados e calcula a probabilidade de algo acontecer.
Exemplo de uso:
Classificar se um cliente irá ou não cancelar um serviço nos próximos 30 dias (churn prediction).
Esse modelo funciona como um fluxograma: ele faz perguntas tipo “a pessoa tem renda acima de X?” e, dependendo da resposta, segue por um caminho até chegar a uma decisão. É fácil de entender e ajuda a tomar decisões com base em várias condições.
Exemplo de uso:
Aprovação de crédito com base em idade, renda, histórico de inadimplência e tempo de relacionamento com o banco.
Esse algoritmo junta dados parecidos em grupos — mesmo que você não diga ao sistema o que cada grupo significa. Ele olha para as semelhanças e cria categorias sozinho.
Exemplo de uso:
Uma loja online pode usar K-Means para dividir seus clientes em grupos com base no que eles compram, com que frequência e quanto gastam — sem precisar rotular ninguém antes.
São modelos inspirados no cérebro humano. Elas aprendem observando muitos exemplos e conseguem identificar padrões bem complexos. Quando têm muitas camadas, chamamos de deep learning.
Exemplo de uso:
Redes neurais são usadas para reconhecer rostos em fotos, traduzir textos automaticamente, ajudar carros autônomos a tomar decisões e até gerar textos com inteligência artificial.
A inteligência artificial é o campo que estuda como criar sistemas capazes de simular comportamentos humanos, como pensar e tomar decisões. Machine learning é uma subárea da IA que usa dados e algoritmos para ensinar esses sistemas a aprenderem com experiências anteriores, sem serem programados manualmente.
Machine learning usa algoritmos para aprender padrões em dados e fazer previsões. Deep learning é uma técnica avançada de machine learning que usa redes neurais profundas para lidar com grandes volumes de dados não estruturados, como imagens, sons ou textos, com alto nível de precisão.
A Netflix é um dos exemplos mais conhecidos do uso de machine learning para personalização. O sistema analisa o comportamento de cada usuário — o que foi assistido, pausado, avaliado — e cruza esses dados com padrões para recomendar novos títulos. Segundo a própria empresa, mais de 80% do conteúdo assistido na plataforma vem de recomendações personalizadas.
A Uber utiliza modelos preditivos em tempo real para ajustar preços dinâmicos com base em oferta e demanda, estimar o tempo de chegada e sugerir rotas mais eficientes. Cada corrida usa algoritmos que consideram centenas de variáveis, como trânsito, distância, histórico do motorista e comportamento do passageiro.
A Ambev usa soluções de aprendizado de máquina para prever falhas em equipamentos de produção. Com base em dados de sensores (temperatura, vibração, tempo de operação, etc), os algoritmos alertam sobre a necessidade de manutenção antes que uma falha ocorra. Isso reduz custos, evita paradas inesperadas e melhora a eficiência da linha de produção.
Na área da saúde, o Hospital Albert Einstein vem usando machine learning para auxiliar em diagnósticos por imagem. Modelos treinados com milhares de exames ajudam a identificar padrões em tomografias, radiografias e ressonâncias, funcionando como apoio à decisão médica e acelerando o tempo de resposta.
Machine learning automatiza tarefas antes manuais e repetitivas, como classificação de documentos, triagem de chamados ou revisão de contratos. Além disso, permite identificar gargalos e oportunidades de otimização a partir do histórico de operações.
Por exemplo: uma empresa de logística pode prever atrasos em entregas com base no comportamento anterior das rotas e reagir mais rapidamente.
Ao treinar modelos com grandes volumes de dados históricos, é possível prever comportamentos futuros com alto grau de precisão. Isso permite que as decisões deixem de ser apenas reativas para se tornarem preditivas.
Na prática, isso significa prever a saída de clientes, ajustar preços de forma dinâmica ou identificar riscos operacionais antes que eles se concretizem.
Machine learning torna possível entregar experiências customizadas mesmo com milhares (ou milhões) de usuários. Ao entender padrões de comportamento, o modelo pode sugerir produtos, conteúdos ou serviços relevantes para cada pessoa.
É isso que acontece em e-commerces, bancos, apps de mobilidade e streaming. A personalização deixa de ser manual e passa a ser parte da inteligência do sistema.
Modelos de machine learning são tão bons quanto os dados que recebem. Dados incompletos, inconsistentes ou enviesados comprometem o resultado — e podem levar a decisões incorretas.
É por isso que um projeto de ML precisa começar com um bom trabalho de engenharia e governança de dados. Ter pipelines estruturados, fontes confiáveis e dados atualizados é essencial.
Treinar e operar modelos de machine learning exige recursos computacionais. Dependendo da complexidade, pode ser necessário usar GPUs, ambientes em nuvem e serviços especializados. Além disso, há o custo com profissionais especializados e a manutenção contínua dos modelos.
No entanto, com a evolução de soluções como AutoML, plataformas gerenciadas e modelos pré-treinados, esses custos vêm se tornando mais acessíveis.
O uso de dados pessoais em modelos preditivos precisa estar alinhado com regulamentações como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Isso exige que as empresas tenham políticas claras de consentimento, anonimização e rastreabilidade de dados usados em modelos.
Além disso, é cada vez mais necessário pensar em governança de IA, garantindo que os algoritmos estejam livres de vieses, operem com segurança e respeitem a ética digital.
Machine learning não é mais uma aposta — é realidade consolidada para empresas que querem se manter competitivas. Adotar essas soluções exige mais do que tecnologia: é preciso cultura de dados, estratégia e parceiros certos.
Na QSOFT, ajudamos organizações a tirar o machine learning do papel e colocá-lo para gerar valor real. Se o seu negócio está pronto para dar esse passo, fale conosco, pois estamos prontos para construir juntos.
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Machine learning é uma subárea da inteligência artificial que permite que sistemas aprendam com dados e tomem decisões a partir de dados sem precisar de instruções detalhadas.
As tendências de inteligência artificial em 2025 estão moldando o futuro dos negócios. Com avanços como IA multimodal, democratização das plataformas, agentes autônomos e personalização em tempo real, a tecnologia deixa de ser promessa e se torna prática estratégica.
A análise de dados beneficia o setor de saúde. As seguradoras de saúde conseguem usar a análise de dados para detectar e prever NIPs, melhorar a qualidade dos atendimentos, identificar e prever fraudes, além de gerenciar e alocar melhor seus recursos.
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