Modelagem de Dados: o que é e como aplicá-la no seu negócio
Em um mundo onde a informação é um dos ativos mais valiosos, saber como transformar dados em insights poderosos pode ser o que separa uma empresa de sucesso de uma que fica para trás.
A modelagem de dados é uma ferramenta essencial nesse processo. Ao criar representações visuais dos dados, as empresas não apenas facilitam o acesso à informação, mas também promovem uma compreensão mais profunda das interações entre diferentes conjuntos de dados.
Neste artigo, você verá:
Os conceitos fundamentais da modelagem de dados, suas etapas e a importância dessa prática no contexto corporativo atual.

O que é Modelagem de Dados?
Modelagem de dados é o processo de definir como os dados são coletados, armazenados e gerenciados dentro de um sistema. Este processo é fundamental para a construção de bancos de dados eficazes e para garantir que as informações sejam organizadas de maneira lógica e acessível.
Importância de aplicação da modelagem de dados
A modelagem desempenha um papel crucial em várias áreas dentro das organizações. Um dos principais benefícios é a garantia da qualidade dos dados.
Segundo uma pesquisa da Gartner, cerca de 60% dos projetos de Business Intelligence falham devido à má qualidade dos dados. Isso destaca a importância da modelagem na criação de estruturas que asseguram que os dados sejam precisos, consistentes e relevantes desde o início, reduzindo erros e redundâncias.
Em um ambiente corporativo onde múltiplas fontes de dados são comuns, desde sistemas legados até novas soluções em nuvem, uma boa modelagem facilita a integração entre diferentes sistemas.
A modelagem de dados é indicada para organizar e analisar informações em diversas áreas, personalizando recomendações de produtos, gerenciando dados clínicos na área da saúde, avaliando e otimizando a gestão da cadeia de suprimentos, entre outras aplicações. Podendo ser dividida em três níveis principais:
Análise de Requisitos
A análise de requisitos é a primeira e uma das etapas mais críticas no processo de modelagem de dados. Essa fase estabelece as bases para todo o desenvolvimento do sistema, pois é nela que se busca compreender profundamente as necessidades do negócio e as expectativas dos stakeholders.
Um entendimento claro nesta fase é essencial para garantir que o sistema final atenda às demandas reais dos usuários e auxilie na tomada de decisões.
A análise de requisitos não se limita apenas a identificar o que o sistema deve fazer, mas também a entender como ele deve se comportar em diferentes cenários. Isso inclui:
Identificação de stakeholders
Os stakeholders são todas as partes interessadas no projeto, cada um deles pode ter necessidades e expectativas diferentes, e é fundamental envolvê-los no processo para garantir que suas vozes sejam ouvidas.
Coleta de informações
A coleta de informações pode ser realizada através de entrevistas, questionários e observações diretas. Essa abordagem permite que a equipe de desenvolvimento obtenha uma visão abrangente das necessidades do negócio.
Definição de objetivos
É crucial estabelecer objetivos claros para o sistema. O que se espera alcançar com a implementação? Quais problemas específicos o sistema deve resolver? Esses objetivos guiarão todo o processo de desenvolvimento e ajudarão a priorizar funcionalidades.
Identificação das entidades
Uma parte essencial da análise de requisitos é a identificação das entidades principais que o sistema deve gerenciar. As entidades são objetos ou conceitos que têm relevância no contexto do negócio.
Cliente
Representa os consumidores dos produtos ou serviços.
Produto
Refere-se aos itens disponíveis para venda.
Pedido
A transação realizada entre um cliente e a empresa.
Além das entidades e atributos, a análise de requisitos também envolve a identificação das relações entre elas. As relações ajudam a entender como diferentes entidades interagem no contexto do sistema.
Essa compreensão das relações é essencial para garantir que o modelo de dados reflita com precisão as operações do negócio.
Por fim, todos os requisitos identificados devem ser documentados de forma clara e organizada. Essa documentação serve como um guia para as fases subsequentes da modelagem de dados e desenvolvimento do sistema.
Modelagem Conceitual
Este nível foca na identificação das entidades principais e nas relações entre elas. A modelagem conceitual não entra em detalhes técnicos, mas estabelece um entendimento claro do que o sistema deve representar, essa fase é vital para alinhar as expectativas dos stakeholders sobre os resultados esperados do sistema.
Objetivos da Modelagem Conceitual
01 Representação abstrata
A modelagem conceitual busca abstrair a complexidade do mundo real, representando apenas os aspectos mais relevantes para o sistema.
02 Identificação de entidades
Uma das primeiras tarefas na modelagem conceitual é identificar as entidades principais que o sistema deve abranger. Por exemplo, em um sistema de gerenciamento de vendas, as entidades podem incluir “Cliente”, “Produto” e “Pedido”.
03 Definição de atributos
Após identificar as entidades, o próximo passo é definir os atributos que caracterizam cada uma delas.
04 Estabelecimento de relacionamentos
A modelagem conceitual também envolve a definição dos relacionamentos entre as entidades.
Ferramentas e diagramas
Uma das ferramentas mais comuns utilizadas na modelagem conceitual é o Diagrama Entidade-Relacionamento (DER). Este diagrama fornece uma representação visual das entidades, seus atributos e os relacionamentos entre elas.
O uso de diagramas facilita a comunicação entre os membros da equipe e os stakeholders, permitindo que todos visualizem claramente como os dados serão organizados e interconectados.
Modelagem Lógica
Nesta fase, o modelo conceitual é refinado com a inclusão de detalhes técnicos. Isso envolve a definição dos atributos das entidades (como nome do cliente ou preço do produto) e as regras que governam suas interações.
Assim, são definidas chaves primárias e chaves estrangeiras. Com isso, a modelagem lógica proporciona uma visão mais clara da estrutura dos dados e suas inter-relações.
A modelagem lógica também leva em conta a tecnologia específica do SGBD que será utilizada para implementar o sistema. Diferentes SGBDs podem ter características e limitações distintas, e o modelo lógico deve ser adaptado para garantir eficiência e desempenho.
Tipos de dados
A escolha dos tipos de dados para os atributos deve ser feita com base nas capacidades do SGBD. Um campo que armazena datas pode ser definido como DATE em um SGBD relacional.
Normalização
É um processo importante na modelagem lógica que busca organizar os dados em tabelas de forma que cada tabela represente uma única entidade ou conceito.
Objetivos da modelagem lógica
Na modelagem lógica, cada entidade identificada na fase conceitual é detalhada com seus atributos específicos. Isso envolve a definição clara de quais informações serão armazenadas para cada entidade. Por exemplo, a entidade “Cliente” pode incluir atributos como:
↗︎ ID do Cliente
↗︎ Nome
↗︎ Endereço
↗︎ Telefone
↗︎ Email
Um aspecto fundamental da modelagem lógica é a definição das chaves primárias e estrangeiras. A chave primária é um atributo ou um conjunto de atributos que identifica unicamente cada registro em uma tabela. Já as chaves estrangeiras são atributos que estabelecem relações entre diferentes tabelas, permitindo a vinculação dos dados.
Nas regras e restrições também são definidas as regras que governam as interações entre os dados. Isso inclui restrições de integridade, como:
Integridade referencial
Garante que as chaves estrangeiras correspondam a registros existentes nas tabelas referenciadas.
Restrições de unicidade
Assegura que certos atributos, como o email do cliente, sejam únicos dentro da tabela.
Restrições de nulidade
Define quais atributos podem ou não aceitar valores nulos.
Modelagem Física
A modelagem física é a etapa final do processo de modelagem de dados, que envolve a implementação do modelo em um sistema de gerenciamento de banco de dados (SGBD). Nessa fase, são tomadas decisões sobre a escolha do SGBD, indexação dos dados e particionamento para otimizar o acesso e a manipulação das informações.
Objetivos da Modelagem Física
Implementação do modelo lógico
A principal tarefa na modelagem física é traduzir o modelo lógico em tabelas, colunas e relacionamentos que serão utilizados no SGBD. Isso inclui a criação das tabelas que representam as entidades identificadas anteriormente, bem como a definição dos tipos de dados para cada coluna, baseando-se nas especificações do SGBD escolhido.
Otimização do desempenho
Nesta fase, é fundamental considerar como os dados serão acessados e manipulados. O desempenho do banco de dados pode ser otimizado através de várias técnicas, incluindo: indexação, particionamento, normalização e desnormalização.
Configuração do SGBD
Cada SGBD possui suas próprias configurações e opções que podem ser ajustadas para otimizar o desempenho e a segurança.
Essa etapa final não apenas culmina no desenvolvimento do sistema, mas também estabelece as bases para sua operação contínua e bem-sucedida.
Tipos comuns de modelagem de dados
Modelos relacionais
Utilizam tabelas para representar dados e suas relações, sendo ideais quando a integridade referencial é crucial.
Modelos dimensionais: comuns em data warehouses, esses modelos são projetados para facilitar análises multidimensionais.
Modelos NoSQL
Adequados para grandes volumes de dados não estruturados ou semi-estruturados, esses modelos oferecem flexibilidade em ambientes dinâmicos.
Modelagem de dados e o crescimento empresarial
A modelagem de dados não é apenas uma prática técnica, representa uma estratégia vital para qualquer organização que deseja maximizar o valor das informações disponíveis.
Ao considerar sua implementação, busque profissionais especializados que possam garantir uma abordagem eficaz e alinhada às suas necessidades específicas.
Compreender essa prática é essencial para qualquer empresa que deseja não apenas sobreviver, mas também prosperar em um mercado orientado por informações
Saiba Mais
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Amanda Bastoque